sábado, dezembro 01, 2007

Enade mobiliza estudantes em todo o País

Em 614 municípios brasileiros, quase 215,5 mil estudantes de 16 áreas fizeram, ontem, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). No Paraná, entre ingressantes e concluintes, foram mais de 19,3 mil universitários inscritos. Em Curitiba, a opinião dos alunos sobre a avaliação estava dividida. Como em toda edição, teve protesto e incentivo ao boicote em todo o País.

A prova começou às 13h. Carolina Camargo e Camila Seraphim estão no 1.º ano de veterinária, na Faculdade Evangélica, e foram selecionadas na amostra. Pouco antes de entrar no local de prova, Camila disse que o exame é importante para avaliar a estrutura, o ensino e os professores da instituição. No entanto, diz que não faria a prova se não fosse obrigatória. “Acho que a prova tem que ser aplicada apenas para quem está terminando o curso. Nós acabamos de entrar”, diz a estudante. Já Carolina comenta que faria, mesmo sem ter a obrigação. “Se não fizer não tem como fazer avaliação de nada”, afirma. Boicote

No mesmo local, o estudante Bernardo Paim, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), não estava lá para fazer o exame, mas para protestar. Além de entregar adesivos de incentivo ao boicote, o rapaz explicava: “São cinco motivos, mas basicamente que o exame maquia muita coisa e não avalia nada. Algumas instituições, as privadas principalmente, utilizam os resultados disso apenas como marketing”, diz.

A estudante de análise de sistemas da Fesp, Ana Fajardo, não boicotou. Ela fez a prova e respondeu todas as questões. No entanto, confirmou o que Bernardo disse. “O conteúdo avaliado aqui não teve nada a ver com o que é passado no meu curso. Dessa forma não mede nada”, diz ela, que está concluindo o curso. “Castigo” cobrado agora

Daniel Derevecki

Dayane: adesão ao boicote. No último ano do curso de nutrição da Universidade Federal do Paraná, Dayane Coldibeli, resolveu não fazer a prova. Ela entrou, assinou o nome e colou na folha o adesivo do movimento de boicote. “Acho que essa não é a melhor forma de avaliação. Melhor seria se fosse uma avaliação contínua, regionalizada” , sugere. O curso de Design não era um dos avaliados nesta edição. Porém, os alunos Henrique Machado e César Schrega, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), tiveram que fazer a prova para regularizar a situação. Eles faltaram à edição para a qual foram selecionados no ano passado. “Fizemos de castigo por ter faltado, se não ficaríamos com nossos diplomas retidos”, dizem.

Em 2006, no Paraná, dos pouco mais de 36 mil inscritos, o índice de faltantes foi de 14,4%. Exame

Os cursos avaliados foram agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social, tecnologia em agroindústria, tecnologia em radiologia, terapia ocupacional e zootecnia. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclarece que “o Enade não avalia nem pune os alunos, mas verifica a contribuição de cada instituição no aprendizado deles. O resultado individual não é registrado no histórico escolar”.
Fonte: Paraná-Online

1 Comments:

At janeiro 20, 2013 12:08 PM, Anonymous Anônimo said...

Os exames de desempenho sempre são difíceis, e eu me lembro quando fiz um de radiologia no centro que estava tao nervosa que achei não o ia passar.

 

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