domingo, agosto 27, 2006

Ato contra a mercantilização da educação

Horário: 9h 31 de agosto, quinta feira

Local: Praça Santos Andrade

Organização: APUFPR-SSind, ANDES-SN-Regional Sul, DCE-UFPR, CONLUTAS-PR, CONLUTE-PR, C.A. de Tec. em Alimento-UEM, C.A. Ciências Sociais-UEM, C.A. Ed. Física-UEM, C.A. Matemática-UEM, C.A. Eng. Mecânica-UEM e vários Centro acadêmicos da UFPR.

Você acha que a Reforma Universitária não tem nada a ver com você? Leia nos comentários o texto de Isabela Goeldner (Para colaborar com a discussão).

1 Comments:

At agosto 27, 2006 8:02 PM, Anonymous Anônimo said...

Contribuição ao debate sobre reforma universitária para o CAF UFPR.

O governo federal apresentou a 4ª versão do Ante Projeto de Reforma Universitária. Desde a apresentação da primeira versão, toda a comunidade acadêmica tem discutido a situação da universidade pública, em assembléias de entidades estudantis, congressos e fóruns sobre o tema. Porém, muito pouco ou nada foi aceito como contribuição ao projeto, a não ser a pressão dos donos das instituições particulares que além da redução dos investimentos nas públicas também exigiam a isenção de impostos do governo.
Quais as novidades na 4ª versão? A cobrança de taxas, limitações orçamentárias segundo critérios de “produtividades”, sem contar a questão das vagas que continuam sendo poucas e divididas por critérios raciais para manter a política de não ampliação das vagas e a permanência da Lei de Mensalidades FHC que continua expulsando estudantes das privadas por não conseguirem pagar as altas mensalidades. É possível aceitar um projeto assim?
Hoje, o movimento estudantil está confrontado com um grande problema: como defender a educação pública, gratuita e de qualidade para todos em todos os níveis? Essa, sempre foi a bandeira histórica das lutas estudantis, mas a confusão entre como fazer a luta hoje é grande, principalmente com as inúmeras leituras sobre a reforma universitária, por exemplo. Mas se por um lado temos uma questão a ser resolvida pelos estudantes, de outro temos exemplos de como encaminhar a luta. Na França, há poucos meses atrás, o governo Chirac apresentou um projeto de desregulamentação de direitos trabalhistas, intitulado “Contrato de Primeiro Emprego”. Muitos setores do movimento estudantil eram contra, outros a favor mas reconhecendo que era preciso melhorar, e ainda tinha os que entendiam que era preciso debater mais sobre o projeto. Qual saída encontraram os estudantes? Realizaram vários atos nacionais com milhões de jovens pela retirada do projeto. Pois só com retirada seria possível: melhorar, retirar ou debater o projeto. Uma questão hoje se coloca para os estudantes no Brasil: se o projeto de reforma universitária for aprovado, será possível o seu debate? Esta questão é mundial, pois o Brasil não é o único com um projeto de reforma encaminhado pelo governo que cria incomodo entre os estudantes. Na Espanha e na Grécia a greve contra o processo de Bolonha (reforma) apresentado pela União Européia atinge grande parte das universidades.
Na UFPR temos exemplos das diversas leituras sobre a reforma. Setores são contra, outros a favor defendendo melhoras e setores que querem debater mais sobre a reforma. A própria direção da UNE diz que é preciso melhorar muita coisa no projeto. Porque não nos unificamos para retirar o projeto? As ofensivas do imperialismo para destruir o ensino público são cada vez maiores, podemos e devemos nos unificar para garantir nosso direito à universidade pública, gratuita e de qualidade para todos. Neste sentido, nossa participação na Plenária Nacional pela Retirada da Reforma Universitária é de suma importância. Não para lá chegar e bater um martelo dizendo “Nós de Farmácia na UFPR somos contra a reforma!”, mas para participarmos do debate também e trazer para os estudantes da UFPR o que tem sido discutido nacionalmente como formas de lutar em defesa do estudante.

Isabela Goeldner
CAF, Diretora da União Paranaense dos Estudantes

 

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